(Marianne Moore. De Tell Me, Tell Me. Publicado em 1966.)
If it is unpermissible, in fact fatal
to be personal and desirable
to be literal — detrimental as well
if the eye is not innocent — does it mean that
one can live only on top leaves that are small
reachable only by a beast that is tall? —
of which the giraffe is the best example —
the unconversational animal.
When plagued by the psychological,
a creature can be unbearable
that could have been irresistible;
or to be exact, exceptional
since less conversational
than some emotionally-tied-in-knots animal.
After all
consolations of the metaphysical
can be profound. In Homer, existence
is flawed; transcendence, conditional;
"the journey from sin to redemption, perpetual."
_____________
A UMA GIRAFA
(trad. Bernardo Beledeli Perin. Primeira versão)
Se é inadmissível, na verdade fatal
ser particular e desejável
ser literal — e também prejudicial
se o olho não é inocente — quer dizer que
só se pode viver das folhinhas do topo e como tal
alcançáveis somente por uma fera descomunal?—
das quais a girafa é o exemplo imutável —
o ineloquente animal.
Quando afligida no que é mental
uma criatura pode ser insuportável
que de outra forma poderia ser irresistível;
ou mais exatamente, excepcional
já que menos verbal
do que um animal de instável emocional.
Afinal
as consolações do transcendental
podem ser profundas. Em Homero, a existência
as consolações do transcendental
podem ser profundas. Em Homero, a existência
é falha; a metafísica, condicional;
"a jornada do pecado à redenção, perenal."